tudo é familiar
neste habitado de ruas arruinadas
e lâmpadas ociosas
onde já os pássaros não fazem ninho
nem os rios se encontram
caminhos onde pousa devagar a respiração
e a solidão grita debruçada
todas as tardes
do outro lado
o amor acolhe-se em palpitação
dentro do sangue puro dos olhos
que derruba os porquês
Maria Costa