abeiro-me agora dos rios ocultos
vestida de solidão para reconhecer a terra
busco no brilho das águas minha sede
pertenço a esse silêncio
onde a chuva deixou assomar flores,
neste território em que a solidão habita deuses
cresço luz de um sonho antepassado
alimentado na paz dos pássaros
queda de folhas lúcidas
essência das palavras
entre os dedos do fogo
Maria Costa