16/09/08

XXIV


não pertencer a ninguém
ser água na água
retornar com os círculos da pedra
que desce à íntima escuridão

sem voz, tornar-se círculo

amar
como devem amar os gerânios
as crianças e os cegos



Maria Costa

3 comentários:

Anónimo disse...

ser? nós realmente só somos do tempo.

e é no tempo de alguns tempos que nos reencontramos ...

d'Angelo Rodrigues disse...

Sendo poesia na poesia, água sobre pedras. E ainda que de olhos fechados, vendo amores e gerânios.

Establo Pegaso disse...

Por estos lares disfrutando de buena poesía. Es un placer poder leer poetas desconocidos para mi. y estos dos últimos versos
"como devem amar os gerânios
as crianças e os cegos."