27/05/08

VII





onde os ventos convergem vozes
as crianças correm para o mar
arrastando o corpo perturbado
no umbral do tempo

o que sobrou fecundo no ar
as dores da terra






Maria Costa

2 comentários:

Anónimo disse...

Na multiplicidade da convergência
dipersa-se a espécie
e o futuro.

Sal da terra.
Pão do dia.

Aprender a vida.
Crescer.

Lindo!

Anónimo disse...

No reino das incontáveis esferas entrei.
Timidamente e calmo,
no espaço sem fim.

Na imensidão de universos passeei
sem ceder à escuridão
Na vastidão, encontrei o lar.

Anjos velaram por mim.

Vozes convergiam nos ventos.
E no nada, águas silenciosas.

E mostraram-me que não estou só.
Não sou inatingível.
Sou uno convosco.

Obrigado,
gentis almas.