17/07/08

XVII


vou deixando mundos para trás,
sílabas de mim.
como se o corpo fosse:
metade de morte em mim
e a outra metade morte de mim

no ar onde pertencem meus passos
sigo sendo menina

estirada de fadiga
jamais abandono o livro sagrado
em teus versos

quero morrer neste sono
no íntimo abrigo
de ser um lugar sempre alheio
como o amor




Maria Costa

4 comentários:

Anónimo disse...

o amor é o vinculo que nos transfigura.

todo o brilho é diferente na junção das almas.

Luzes vivas, tempos renascidos.

Saramar disse...

Encantar-se neste jardim de amor, ir por ele, em tranquila entrega é o paraíso.

Lindíssimos, o poema, o blog.
Gostei imensamente.

beijos, bom final de semana.

lupuscanissignatus disse...

as

faces

do

Ser

Amélia disse...

Amiga: esta série -sem nome? - vai dar livro? Gosto de ler, ali+ás como em geral, dos seus poemas...